segunda-feira, 13 de julho de 2009

Armas Invisíveis



As torres de microondas como essa da base do Exército Aéreo dos EUA em Gunter, Alasca, são utilizadas para a transmissão de informações a grandes distâncias. Contudo, as microondas podem ser perigosas e muitas pessoas como Antony e Doreen Verney (abaixo no dia de seu casamento), afirmam que estiveram envolvidos em testes secretos para determinar possíveis aplicações militares.


Será que armas eletromagnéticas estaria sendo testadas sobre uma população desprevinida? David Guyatt investigas as queixas de um homem que procurava a resposta.
Antony Verney esperava por sua aposentadoria com grande espectativa. Ele e sua esposa Doreen tinham comprado uma casa de campo Kent, Grã-Bretanha. Porém, os Verney, as coisas não estavam indo como haviam planejado. O casal não contara com a possibilidade de tornarem-se cobaias de uma terrível experiência com armas eletromagnéticas, realizadas pelo governo britânico.
No verão de 1983, o casal mudou-se para a casa de seus sonhos. Construída na época da batalha de Waterloo, estava situada em um terreno isolado rodeado por bosques, perto de Biddenden. Alguns meses depois de sua mudança definitiva começaram a ouvir estranhos sons que invadiam a casa. Em outubro, o volume aumentou e, segundo Verney, "parecia que surgia do solo". Durante as quatro noites seguintes o casal quase não podia dormir.

No final de três semanas, o bombardeio sonoro tinha aumentado e parecia envolver toda a casa. Nesse momento, os zumbido vinha acompanhado por fortes vibrações. Durante a noite o arvoredo que rodeava a casa era iluminado por estranhas luzes rosadas e amarelas que produziam sombras misteriosas nas árvores do bosque.


AS SUSPEITAS APARECEM

Sem ter a quem mais recorrer, Verney viajou até Londres para alugar um equipamento de gravação. Ao explicar a situação na loja de aparelhos eletrônicos, disseram-lhe: "Parece que o senhor tem problemas com o Departamento de Defesa". Depois de uma breve conversa, puseram-no em contato com um cientista especialista em eletrônica e uma data foi marcada pra que ele visitasse a casa de campo.

Como havia sido combinado, o cientista, que chamaremos de "Sr. D", chegou na casa do dia 18 de janeiro de 1984. Dez minutos depois do Sr. D ter instalado o seu equipamento, Verney foi surpreendido com a chegada de um funcionário da Saúde Ambiental. Muito alterado, o funcionário pediu a identificação do Sr. D e começou a examinar cuidadosamente os aparelhos, para em seguida ir embora.

Depois disso, o Sr. D e os Verney começaram sua vigília, esperando captar os dados necessários para descobrirem o que estava acontecendo. Essa tarde, porém, foi tranqüila, sem barulhos ou vibrações. Às dez horas da noite, os Sr. D decidiu voltar a Londres e guardou todo o equipamento. Antony Verney o acompanhou de carro a Londres e, pouco depois de ter ido embora, os ruídos e vibrações recomeçaram. Doreen Verney sofreu, então, outra noite de "bombardeio".
Depois de sete meses de sofrimento os Verney decidiram vender a casa. A venda foi efetuada no dia 24 de maio de 1984. Em seu diário do dia 20 de maio, Verney lembra que a noite havia sido infernal, o ruído alcançou maior intensidade do que nunca e as vibrações surgiam do solo a uma velocidade espantosa. A casa literalmente sacudiu-se e a partir de suas fundações e os ruídos não cessaram até as sete horas da manhã.

Cansado, os Verney mudaram-se para Sussex, onde dedicaram o resto de suas vidas à busca dos responsáveis pelos transtornos. Os primeiros ministros Thatcher e Major, assim como muitos outros ministros e departamentos, foram interpelados de forma exaustiva. O chefe de polícia de Kent disse que as queixas dos Verney não estavam em sua jurisdição. No entanto, de forma privada foi dito aos Verney que tratava-se de um "assunto secreto do Ministério de Defesa". O Ministério de Defesa continuou negando um esclarecimento dos fatos e os Verney morreram em 1996 sem a solução do problema. Se sua história não tivesse sido confirmada, as reclamações dos Verney poderiam ter sido consideradas uma fantasia. Uma fita de 90 minutos, com uma gravação dos ruídos realizada em janeiro de 1984, foi analisada por Fred Holroyd, oficial da inteligência do Exército, que afirmou que os sons correspondiam ao "ruído branco" da freqüência audível das microondas.

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